
Hoje acordei com o dia só para mim.
Apetecia-me fazer algo diferente do habitual, embora a responsabilidade me mostrasse o quarto desarrumado, fruto de uma vida sem tempo para muitas coisas.
Mas o sol lá fora desafiava para outros voos. Convidava a sair, a aproveitar os poucos tempos livres. Decidi fazer-lhe a vontade.
Gravei rapidamente num cd as músicas que neste momento me acompanham, peguei nas chaves do carro e sai.
Sai sem destino e apenas com uma vontade.
Desci as escadas, carreguei no botão do comando do carro e ouvi as portas abrirem-se. Sentei-me, ajustei o banco e os espelhos, liguei o carro, meti a primeira, larguei a embraiagem e carreguei no acelerador a fundo.
Abri as janelas para que pudesse entrar o vento, ao mesmo tempo que me sentia aconchegada pelo sol quentinho que batia no vidro.
Estendi o braço para fora da janela e senti o vento passar-me entre os dedos, boa sensação. Sensação de liberdade.
Cheguei à rotunda, parei e ponderei o caminho a seguir. Para a direita a estrada levava-me até ti, para a esquerda o rumo a escolher.
Pela primeira vez deixo-me guiar pela razão, e parto em direcção ao sul. Será isto um sinal de que estou a ficar mais crescidinha?
Vou deixando o carro ir, sem grandes pressas, afinal de contas, nem sabia para onde ia!
Sigo pela marginal, passo o rio, a foz, e vou tentando acompanhar o desenrolar das ondas enquanto seguro no volante. Começa a entrar o cheiro a maresia pelo carro e faz-me lembrar quando era pequenina e chegava pela primeira vez à praia no inicio de cada Verão.
Vou seguindo a estrada e lembrando coisas aqui e coisas ali, sem me impor um assunto a pensar e decisões a tomar. Sei que não vale a pena. Sou impulsiva de mais para isso e a vida está sempre a surpreender, não deixando fazer grandes planos e tomar grandes decisões.
Resolvo então parar o carro. Reduzo a velocidade, subo o passeio que me dá acesso para um terreno amplo em terra batida e o mar como plano de fundo.
Desligo o carro, aumento o volume, deixo a janela aberta e saio do carro.
Levo o maço de tabaco comigo e sento-me no capo do carro, ainda quente de ter estado a trabalhar e acendo um cigarro.
Sinto a brisa percorrer-me o rosto e abanar-me os cabelos. Respiro fundo. Imagino como seria bom a tua companhia neste momento, neste dia que resolvi tirar só para mim.
Mas afasto estes pensamentos, sei que de nada adiantam… e tento então aproveitar este momento só meu.
Sigo com os olhos a dança das gaivotas em cima do mar. Vou saboreando o meu cigarro… vou ouvindo a música, cantarolando até… deixando o corpo baloiçar ao seu ritmo. Fecho os olhos para tentar concentrar-me apenas no calor que me beija o face …
Mas, inevitavelmente e instantaneamente, assim que fecho os olhos… aparece novamente a tua imagem…
Tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu…
Apetecia-me fazer algo diferente do habitual, embora a responsabilidade me mostrasse o quarto desarrumado, fruto de uma vida sem tempo para muitas coisas.
Mas o sol lá fora desafiava para outros voos. Convidava a sair, a aproveitar os poucos tempos livres. Decidi fazer-lhe a vontade.
Gravei rapidamente num cd as músicas que neste momento me acompanham, peguei nas chaves do carro e sai.
Sai sem destino e apenas com uma vontade.
Desci as escadas, carreguei no botão do comando do carro e ouvi as portas abrirem-se. Sentei-me, ajustei o banco e os espelhos, liguei o carro, meti a primeira, larguei a embraiagem e carreguei no acelerador a fundo.
Abri as janelas para que pudesse entrar o vento, ao mesmo tempo que me sentia aconchegada pelo sol quentinho que batia no vidro.
Estendi o braço para fora da janela e senti o vento passar-me entre os dedos, boa sensação. Sensação de liberdade.
Cheguei à rotunda, parei e ponderei o caminho a seguir. Para a direita a estrada levava-me até ti, para a esquerda o rumo a escolher.
Pela primeira vez deixo-me guiar pela razão, e parto em direcção ao sul. Será isto um sinal de que estou a ficar mais crescidinha?
Vou deixando o carro ir, sem grandes pressas, afinal de contas, nem sabia para onde ia!
Sigo pela marginal, passo o rio, a foz, e vou tentando acompanhar o desenrolar das ondas enquanto seguro no volante. Começa a entrar o cheiro a maresia pelo carro e faz-me lembrar quando era pequenina e chegava pela primeira vez à praia no inicio de cada Verão.
Vou seguindo a estrada e lembrando coisas aqui e coisas ali, sem me impor um assunto a pensar e decisões a tomar. Sei que não vale a pena. Sou impulsiva de mais para isso e a vida está sempre a surpreender, não deixando fazer grandes planos e tomar grandes decisões.
Resolvo então parar o carro. Reduzo a velocidade, subo o passeio que me dá acesso para um terreno amplo em terra batida e o mar como plano de fundo.
Desligo o carro, aumento o volume, deixo a janela aberta e saio do carro.
Levo o maço de tabaco comigo e sento-me no capo do carro, ainda quente de ter estado a trabalhar e acendo um cigarro.
Sinto a brisa percorrer-me o rosto e abanar-me os cabelos. Respiro fundo. Imagino como seria bom a tua companhia neste momento, neste dia que resolvi tirar só para mim.
Mas afasto estes pensamentos, sei que de nada adiantam… e tento então aproveitar este momento só meu.
Sigo com os olhos a dança das gaivotas em cima do mar. Vou saboreando o meu cigarro… vou ouvindo a música, cantarolando até… deixando o corpo baloiçar ao seu ritmo. Fecho os olhos para tentar concentrar-me apenas no calor que me beija o face …
Mas, inevitavelmente e instantaneamente, assim que fecho os olhos… aparece novamente a tua imagem…
Tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu tu…
2 comentários:
Uma chamada no meu telemóvel. Número anónimo. Pensei: terás sido tu? Certamente que não (digo). Mas não será este pensamento uma vontade minha?
No dia em que enfrentares o teu "medo" saberás a resposta a essa pergunta!... ou não era pergunta? Retórica?... Maldita gramática... só me prega rasteiras :)
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