terça-feira, 22 de julho de 2008

Saudade


Aqui, sentada no pico do meu mundo, escrevo para ti.
De onde estou consigo ver a vida lá fora, o vento a soprar e a chuva a cair.
Hoje, rodeada de pessoas, algumas desconhecidas outras amigas, senti que faltava alguma coisa.
Deixei que tudo fluísse com naturalidade como é meu hábito e dei por mim a pensar em ti, mais uma vez.
A distância que nos separa, em termos físicos, não é significativa, mas sinto-te tão inalcançável que até corta a voz.
E penso na palavra saudade.
Saudade da tua voz quando sussurra ao meu ouvido ou quando dá uma gargalhada.
Saudade da tua mão quando aperta a minha ou apenas desliza pelo meu rosto.
Saudade do teu corpo encostado ao meu balançado ao ritmo da música ou num simples abraço.
Saudades de me ouvires a contar as novidades ou do silêncio que se faz sentir quando olhos fixamente nos teus olhos e viajo para outro lugar, longe de tudo e de todos.
Saudade… como definir?
Sentir falta.
Falta do quê?
De tudo!
Sinto a tua falta.
Sinto a falta do que és.
Sinto falta do que sou contigo.
Sinto falta do que me fazes sentir.
Sinto falta de te fazer sentir.
Sinto falta de ti.
Sinto falta de mim quando estou contigo.