sexta-feira, 30 de maio de 2008


Tento imaginar-te.
Ainda conheço as tuas formas, os teus gestos, a tua voz!
O silêncio a que deste lugar traz o teu olhar preso na paisagem que tantas vezes percorremos juntos.
Os teus gestos deram lugar ao vazio que preenchem os meus passos dados em forma de círculos, tentando descobrir a saída, o caminho, mas a estrada ficou sem sentido.
Tentei. Tentei dizer a mim mesma que já não pertences à minha vida. Tentei até convencer-me que um dia mais tarde, ou quem sabe numa outra vida nos voltaríamos a encontrar e daríamos continuidade ao que começamos, mas isso já não chega.
A dor toma lugar cada vez que ressalta em mim a memória do que vivemos.
O vazio. O silêncio. A angustia. O aperto inexplicável. A vontade de desaparecer. A vontade de te ter. Mas tu, tu desapareceste.
Cada forma do teu rosto sei de cor, não seriam nunca precisas fotografias, pois conheço os detalhes que elas nunca conseguiriam capturar.
A intensidade do teu olhar… ninguém tem.
Seria abusivo da minha parte querer-te só para mim, mas sei que para onde vá, te levo comigo… qualquer que seja o lugar, qualquer que seja o dia, o ano… estás marcado, estás em mim.
O poder dos teus lábios num beijo eterno marcaram para sempre a tua presença.
Só tu e eu… e o resto desapareceu…

terça-feira, 27 de maio de 2008


Entre tantos caminhos consegues escolher o pior. O mais fácil. Aquele que sabes que não te vai fazer verdadeiramente feliz. Aquele que todos esperam que escolhas porque todos duvidam de ti e sabem que vais falhar. Por baixo dessa máscara de perfeito está aquele que falha… aquele que é totalmente previsível.
És como qualquer outro. Tentas não ser e por vezes consegues, mas no fundo falhas onde queres marcar a diferença e vestes a reles pele de ovelhinha mansa.
Eu sei que és assim e isso transtorna-te.
Não gostas que eu saiba que no fundo és mais um no meio de muitos.
Começa por encontrar o que é realmente sincero em ti… espanta-te pois é muito pouco. E depois elimina o que não gostas e admira-te pois ficas despojado de praticamente tudo!
És assim. Vazio de verdades. Completo de dúvidas. Repleto de medos. Incapaz de dizer o que quer e fazer o que a vontade manda. Pior, inapto para admitir o que verdadeiramente deseja.
Triste, mas és apenas mais um ser humano…

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Tavira 2008

Como o próprio nome diz, "Só quem lá está é que percebe" :)
Video feito por uma jornalista presente no terreno Cândida Ribeiro do canal UP.
Apareço eu toda contente da minha vidinha a "Córtire" uma das grandes noitadas das Férias Desportivas - Tavira'08.

A todos os que lá estiveram... foi sem dúvida espetacular aquilo que vive com vocês!
Beijos a todos... para sempre recordar... Tavira'08 ='D


quarta-feira, 7 de maio de 2008

Dúvidas


Já não te via a algum tempo mas principalmente já não te sentia assim… perto, faz muito, muito tempo.
Pergunto-me se será bom.
Porque o que afirmava com tanta certeza à uns dias atrás hoje não passam de dúvidas.
Pergunto-me se isto não terá um fim.
Eu quero que tenha!
Quero seguir em frente e estar disponível para novas experiências.

Aquela sensação de solidão, agora que não estás, voltou a surgir.
Ela já não existia nos últimos tempos.
Porque dizes para acreditar numa coisa que não tem futuro?
Dizes para ter fé, mas em quê?
Porquê continuar a acreditar em ti que já não estás comigo?
Quero ter alguém para mim. Sinto falta disso.
Mas não quero insistir no que já está envenenado.

Não estarei eu enganada?
Será que estou cega pela lógica e não consigo se quer acreditar naquilo que um dia foi a luz?
Não consigo andar sem rumo.
Tenho de ter um objectivo a alcançar. Tenho de ter algo pelo que lutar e tu contrarias isso em mim. Fazes-me crer que o futuro tem algo reservado para nós, fazes-me crer que o melhor é esperar. Mas vou esperar eu por algo que se calhar nunca virá?

sábado, 3 de maio de 2008

Finais de tarde...

Adoro Praia!
Adoro Mar!
Adoro Areia!
Adoro os meus Amigos!
Quando juntos estas componentes num fim de tarde ameno... o resultado é simplesmente brutal.










































































































“Um dia…
Um dia, a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as nossas conversas, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos riscos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim…do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje, não tenho mais tanta certeza disso. Em breve, cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe…nas cartas que trocaremos…
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices…
Mas, os dias vão passar… meses… anos… até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo…
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
“Quem são aquelas pessoas?”
Diremos que eram nossos amigos e… isso vai doer tanto!
- “Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!”.
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente… Quando o nosso grupo estiver incompleto…reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrimas abraçar-nos-emos. Então, faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para seu lado para continuar a viver a sua vida isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo…
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades…

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!”

(Fernando Pessoa)