domingo, 23 de março de 2008


Decidi virar as costas e esquecer,
Apenas há um trilho a percorrer.
Mas continuarei a lembrar-te,
Continuarei a enlaçar-te e a beijar-te.
Posso somente com palavras te alcançar,
Mas a vontade que tenho é a de te abraçar.
Com simples gestos te ganhei,
E sem palavras fiquei
Para dizer o quanto te desejei.

terça-feira, 18 de março de 2008

Diferente (=


Porque é que as pessoas têm tanta dificuldade em aceitar o que é diferente?
Não aceitam pessoas com personalidade diferente.
Não gostam de uma peça de roupa diferente.
Não aprovam as diferenças dos outros.
Não reconhecem ideias e pontos de vista diferentes.
Chega mesmo a fazer-lhes confusão um estilo diferente de vida ou forma de estar.
Eu gostava de ser diferente.
De marcar a diferença.
Não gosto de aceitar à primeira uma opinião preconcebida, não que seja do contra ou o faça propositadamente, mas gosto de contrariar o sistema.
Tenho uma ideia do que gostaria de vir a fazer, embora ache que o destino me vai trocar as voltas. Não faço planos por causa disso mesmo, pois cada vez que os faço, eles saem do avesso.
Mas será esta minha tendência em ser diferente e teimar em fazê-lo sinónimo de “gaja marada”, “maluca”, “tolinha”… ?
Isto faz-me rir! Comentários típicos de quem vê na minha “diferença” uma maluqueira! Não é!
É apenas a minha forma de dizer que nunca me tornarei um robot movido pela sociedade hipócrita e interesseira em que vivemos.
E vou continuar a contrariar o sistema, vou continuar a quebrar as regras (é para isso que elas servem!), vou continuar a ir até ao limite, vou continuar a ter a coragem de dizer NÃO! quando é preciso, vou continuar a ter a audácia de arriscar o certo pelo incerto, vou continuar a dizer sim à adrenalina.
Vou continuar a ser eu.
Diferente, mas eu!

onde andas?


Hoje senti a inspiração invadir-me. De uma forma um pouco negativa, mas não pude evitar, tive que te escrever.
Porque é que o longe não se torna perto?
Porque é que o longe é mesmo longe e nem as pontes nos ligam?
A minha ponte está bem longe de encontrar o destino que procura.
E aquela música que ainda me liga a ti continua a fazer parte da banda sonora diária. O silêncio que ela faz cada vez que a ouço deixa-me surda e sem vontade de ouvir as restantes.
Aquele tudo que de repente se tornou em nada… aquele espaço que ninguém preenche!
Já esperava que fosse este o trilho a seguir, mas gostava que ele me levasse a ti…
Ficam as dúvidas e as perguntas.
Se calhar prefiro não saber as respostas e continuar a sonhar que vais estar lá para mim, no momento certo.
Vou continuar a sonhar.
Vou continuar a espera…
… o que é feito de ti? …
… saudades… muitas …

segunda-feira, 10 de março de 2008


O tempo passa e nem damos por isso. Está a fazer um ano que as nossas vidas se separam, em que isso me levou a deixar de ter planos, em que me perdi dele e encontrei a Dora. A Dora que decide por ela e para ela. A Dora que deixou de justificar os seus actos e passou a tomar as suas decisões porque quer e como quer.
Mas a verdade é que foi estranho acordar sem alguém a desejar-me bom dia, assustador deitar com a certeza de que não o iria ver no dia seguinte.
Deprimente passar os domingos a pensar nele, nos “bons domingos” que passamos juntos, quer fosse a passear quer fosse refastelados no sofá a ver um bom filme.
Chegou a ser desesperante saber que não o iria ter à minha espera quando chegasse a casa.
A quem iria eu contar as minhas pequenas alegrias e frustrações. Quem me iria dizer “Tem calma, tudo vai correr bem!”, “Eu estou aqui para ti…”… quem iria dar aquele abraço apertado de quem sentiu a minha falta.
O que fazer as fotografias espalhadas pelo quarto?
Como tirar a aliança?
Como voltar a vestir a minha camisola preferida oferecida por ele?
Como o tirar da minha cabeça, do meu coração, da minha vida?
Não tirei… apenas aprendi a viver com a sua ausência.
A sensação de vazio, a vontade de gritar, de chorar… de partir tudo!!
A revolta por não lhe poder falar, o orgulho que me impedia de lhe ligar.
Passar nos sítios onde era habitual irmos, o café que costumávamos frequentar…
E as conversas de horas, os risos, as lágrimas, os abraços, as caminhadas de mãos dadas, as loucuras e aventuras, as confidências, a partilha do dia a dia, …desapareceu.
Custou, levou muito tempo, mas foi superado.
O espaço que ele deixou começou a ser ocupado pelos amigos que tudo fizeram para que nunca me sentisse sozinha. Por momentos conseguiam, mas havia sempre um vazio que ninguém conseguia tapar.
Com o tempo a dor acalmou, o desespero passou, mas o seu espaço continuou ali… vazio.
O tempo continuou a passar…
E aqui estás ele de novo.
Postura diferente. Mais maduro.
O mesmo confidente, aquela pessoa que nos conhece por dentro e por fora e sabe dizer a palavra certa no momento oportuno. Como senti falta disto durante este tempo em que estivemos afastados!
Mas a vida fez-nos tomar rumos opostos e neste momento eu quero coisas diferentes, novos desafios, novos voos,…
Agora procuro a forma de ser sua amiga, o que não é tarefa fácil… continuam a existir gestos que nos são tão familiares e se tornam difíceis de evitar, olhares que querem dizer muito… como é que eu vou ser amiga de quem já tanto amei?

domingo, 9 de março de 2008

Palavras para quê?


Deixa a vontade ganhar forma, deixa a mão escorregar pelo braço e aparta com força a minha mão.
Puxa-me para ti com o desejo que tens, deixar-me-ei levar, pois o desejo é mútuo.
Agarra-me. Aperta-me contra ti. Abraça-me. Como só tu sabes fazer. Como só tu tens o dom de fazer.
O teu rosto junto do meu, tão perto que ouço o teu respirar.
Não consigo controlar a minha mão, que tanto te quer tocar e deixo o meu dedo percorrer os teus lábios. Estás tão perto de mim que até tenho medo de te tocar. Aquele impasse… a melhor espera. Aquele pequeno tempo em que se prolonga um pouco mais a tortura de não tocar os teus lábios com os meus… e estás tão perto.
Inclinas-te sobre mim, pousas as duas mãos sobre a minha face, consigo sentir que tremem ligeiramente, sinto o calor que elas emanam, sinto o teu cheiro.
A forma suave e meiga do teu gesto que me dá vontade de agarrar-te, de dizer-te o quanto gosto de ti, o quanto és especial, o quanto é importante para mim… o quanto sinto a tua falta quando não estás.
Faço um gesto com os lábios, tentando produzir algo que traduza o meu pensamento… e beijas-me!
Não são necessárias palavras para te dizer o que sinto… tu sentes-me, tu sabes…
Indescritível…

conversas perdidas...


Na altura em que foi, no dia em que foi, da forma como me estou a sentir, estas palavras bateram-me com a força de um furacão!

Conversa com o GRANDE amigo Júlio, em que até nem falávamos de mim, senti que estas palavras me estavam a tentar dizer alguma coisa, e como tal, há que ficar registado.


"Julio diz (20:55):
nunca te contentes com meia felicidade
Julio diz (20:55):
pode parecer que é suficiente
Julio diz (20:55):
mas nunca é
Julio diz (20:56):
e por vezes podes ter de esprar muito pela pessa certa!"


...


"Julio diz (21:06):
ah
Julio diz (21:06):
e para o teu blogue
Julio diz (21:06):
ou só para ti
Julio diz (21:06):
fica com essa certeza
Julio diz (21:06):
AMORES DESTES SÃO POSSÍVEIS
Julio diz (21:06):
AMORES DESTES EXISTEM
Julio diz (21:06):
TENS TANTO DIREITO A ELES COMO EU
Julio diz (21:07):
TENS TANTO DIREITO A ESPERAR ISTO DO TEU COMPANHEIRO
DAS TUAS RELAÇÕES COMO EU
Dora Pinto diz (21:07):
eu vou esperar então...
Julio diz (21:07):
até lá
Julio diz (21:07):
é treino"



Obrigada Julinho por toda a amizade demonstrada ao longo destes últimos anos, pelos conselhos, pessoais ou profissionais, pela dedicação, pelo tempo, pela pachorra, por mesmo nos momentos mais difíceis me aturar (o que não é fácil).



*Desejo-lhe tudo de bom... :D:D e que o estado de "Felicidade" dure muito e muito tempo*

quinta-feira, 6 de março de 2008

pode ser que pelo menos nos meus sonhos… tudo seja perfeito…




A cama fria onde a tristeza vem para gelar mais ainda.
Não consigo adormecer.
Dou voltas e voltas na cama e na minha mente tentando de alguma forma descobrir a melhor saída, a melhor opção, a melhor atitude a tomar… tentar ouvir, pelo menos desta vez, aquilo que a razão manda fazer.
Ligo o rádio, está um silêncio ensurdecedor. Deixo a música que me faz lembrar-te tocar e tocar vezes sem conta. Não me canso de ouvi-la. Impossível! Ela traz-te. Não me canso de lembrar-te!
Por fim, lá consigo adormecer, com os olhos já cansados de procurar a saída… e a almofada humedecida por eles… pode ser que pelo menos nos meus sonhos… tudo seja perfeito…

quarta-feira, 5 de março de 2008

Vou simplesmente...



Vontade de fugir?
Vontade apenas de mudar de ares?
Vontade simplesmente de ir.
Porque não ir?
Vou. Está decidido.
Bilhete na mão, a dúvida persiste… mas a vontade é grande.
Nada me impede.
Vou.
Vejo a estrada passar.
Observo a paisagem correr velozmente e sinto-me incapaz de lhe tocar… chegar perto sequer!
Compara-a à minha vida. Vejo-a passar diante dos meus olhos em forma de lembranças, vídeos, fotografias e demais recordações. Má tendência a minha de percorrer o que já vivi.
Mas depressa encho o peito de ar, respiro fundo e aprecio a viagem na sua verdadeira plenitude.
Vou.
Vou para onde?
Não sei.
Vou para onde o comboio do destino me leva!
Mas sei que comprei bilhete para bem longe daqui!

segunda-feira, 3 de março de 2008


Esta imagem, esta frase... valem mais do que mil palavras!

domingo, 2 de março de 2008

i lost my way


Andei perdida.
Perdida em todos os sentidos.
Perdi-me de mim.
Perdi-me dos meus objectivos.
Perdi-me dos meus quereres.
Esqueci o caminho para voltar a casa. Mas que casa?
Deixei de ter casa!
Perdi parte de mim.
O tempo foi passando e trouxe novos rumos.
Caminhos que me levam a quereres diferentes.
Queres que me levam a um destino distinto do que imaginava.
Objectivos novos que quero abraçar.
Sentimentos que rejuvenescem a dita felicidade.
Sorrisos que se soltam à medida que as palavras se desprendem.
Voltei a encontrar-me?
Talvez não.
Mas conheci partes de mim que ignorava e desenvolvi outras de que me encantam… e acordo a sorrir.