segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

A carta


(sequência da FalaDora =p fotos por Júlio Anjos)


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A noite já ia longa, mas senti que era aquele o momento em que me sentia inspirada para tal.
Peguei numa folha de papel branco, na caneta e sentei-me na cama com a luz do candeeiro a incidir na folha.
Deixei então que a mão deslizasse à medida que te ia recordando, à medida que pensava em tudo aquilo que me fazes sentir e às palavras foram surgindo, ganhando forma, conteúdo e expressividade… foram-se tornando um reflexo do que és para mim.
Escrevi, escrevi, escrevi, …
Escrevi com cuidado nas palavras. Li e reli. Escolhi os termos mais bonitos mas sem grande esforço, pois quando se sente isso transmite-se para o papel.
Quando terminei, já a luz do novo dia começava a entrar pelas frinchas da persiana. Dei-me conta que não tinha colocado data, nem no fim, nem no início. E decidi não colocar. Há coisas intemporais que o relógio não marca, não atrasa nem adianta. Há coisas que surgem porque assim tem de ser e não têm dia marcado no calendário, nem tão pouco são programáveis… Acontecem apenas. As datas não existem, pois sei que amanhã, daqui a um mês, ou daqui a um ano, vou pensar da mesma forma, vou sentir da mesma forma, …

Agora coloca-se a questão: Será que ta vou entregar? ……….. Talvez não!
Talvez fique com ela para mim, no entanto ela foi escrita para ti.
“Pode ser que um dia…”, “Talvez um dia…”, “Quem sabe um dia…”…

A carta está escrita.

5 comentários:

Anónimo disse...

Se calhar só falta o carteiro certo...

Dora Pinto disse...

Carteiro?
Só se for o de Pablo Neruda! =p

Nada disso!

Entrego-a euzinha! ;)
... caso a entregue!

Anónimo disse...

Atirei o pau no ga-to-to
mas o ga-to-to
não morreu-rreu-rreu
dona chica-ca
adimirou-se-se com o berro
que o gato deu
miiiiaaaaaaauuuuuuuu.

grrrrr ;)

Anónimo disse...

dei o meu coração ao ga-to-to
mas o amo-or -or
não morreu-rreu-rreu
dona dora
adimirou-se-se com o beijo
que o gato lhe deu
miiiiaaaaaaauuuuuuuu.

;)

Anónimo disse...

i mean...chuuuuuuaaach