sábado, 25 de outubro de 2008

Sonho


Acreditas nos sonhos?
Eu sonhei contigo.
Será que se o contar ele não se vai realizar?
Ou será que ele apenas transmite a minha vontade?
Sim… no sonho evitei.
Evitei mas não resisti.
Fugi, mas vieste atrás.
Não deixaste que eu fosse contra a minha vontade.
Fizeste a primeira investida e eu subsisti.
Disse que tal seria tolice. Disse que não podíamos.
Tu sorriste.
Como poderia eu resistir ao sorriso mais luminoso que alguma vez meus olhos puderam vislumbrar.
Eu tentei. Virei costas. Tentei desaparecer no meio da multidão. Mas de nada adiantou.
Seguiste meus passos, foste ao meu encontro.
Fique tão feliz quando senti o teu abraço, apertado e meigo. Apanhaste-me desprevenida e senti o calor do teu peito invadir as minhas costas e o carinho dos teus braços ao redor do meu peito.
Viraste-me para ti e beijaste-me… ali mesmo… no meio de todas aquelas pessoas.
Não consegui esconder a felicidade, que tão rápido veio como sucumbiu.
Evitei que a lágrima se formasse. As palavras não saíram. O nó estava formado na garganta.
Ouvi o aviso que o comboio estava prestes a partir.
Fiz aquela expressão que bem conheces e disseste-me “Não, não tens de ir! Fica! Fica porque preciso do que só tu tens…”
O impulso (ou medo) fez-me partir.
Deixei que, o que pensava ser o mais correcto, se sobrepusesse à minha vontade.
Antes de partir, peguei na tua mão, apertei com toda a força que conseguia na esperança que através daquele gesto conseguisses sentir o quão forte é o que nos une. Foi apenas uma tentativa. Nunca conseguirás perceber.
Ainda assim, encostei a tua mão ao meu coração para que percebesses que é lá que moras.
E larguei-te.
Sem palavras, somente com gestos.
Entrei no comboio numa angústia tremenda e acordei finalmente com uma lágrima no canto do olho e o coração acelerado…
Este sonho foi real.

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